terça-feira, 28 de outubro de 2014

FVC lança livro ‘O dia a dia do professor’
Publicação inédita foi feita em parceria com a Editora Nova Fronteira
FVC lança livro ‘Dia a dia do professor’ Foto: Reprodução
Chegou às livrarias em setembro "O dia a dia do professor: como se preparar para os desafios da sala de aula", publicação que traz dicas e orientações de diversos especialistas em Educação. O projeto é o primeiro fruto da parceria com a Editora Nova Fronteira e reúne informações úteis tanto para professores iniciantes como para aqueles com muitos anos de carreira.

15 DE NOVEMBRO - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA.

Dia da Proclamação da República


Dom Pedro II e o Marechal Deodoro da Fonseca
Dom Pedro II e o Marechal Deodoro da Fonseca
Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a república do Brasil.
Na época, o país era governado por D. Pedro II e passava por grandes problemas, em razão da abolição da escravidão, em 1888.

DIA 20 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

Dia Nacional Da Consciência Negra

Retrato da discriminação e Zumbi – líder do quilombo
Retrato da discriminação e Zumbi – líder do quilombo
No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em 

Dicas para redação no Vestibular e Enem

Dicas para redação no Vestibular e Enem

Uso do vocabulárioPor Ana Paula de Araújo
   
  • Seja direto e use linguagem simples, clara. O uso de termos dos quais você não tem segurança podem comprometer a compreensão do seu texto.
  • Evite palavras científicas, elas podem conter um significado muito específico e não se adequarem ao contexto em que você as aplicou.
  • Não use figuras históricas a menos que seja indispensável, pois caso você se engane a respeito de alguma informação sobre aquela pessoa você estará prejudicando a verossimilhança do texto.
  • Evite os lugares comuns, conhecidos também como âncoras, clichês, etc. São palavras, expressões ou frases usadas anteriormente por outras pessoas ou por você e que se tornaram conhecidas.
  • Nunca use gírias ou figuras de linguagem. Dessa maneira você pode não ser claro quanto ao conteúdo da sua redação.
  • Evite ao máximo, semelhanças com a oralidade. Lembre-se que quando escrevemos uma redação (especialmente novestibular) devemos obedecer às normas da língua.
  • Não use expressões do tipo “eu acho”, “eu penso”, “eu sinto” ou semelhantes.
Foto: Zurijeta / Shutterstock.com
Foto: Zurijeta / Shutterstock.com

Uso da Pontuação

  • Evite o excesso de vírgulas. Só as use quando for realmente necessário, pois caso o texto possua pausas desnecessárias, além de comprometer o ritmo e a continuidade do texto, comprometerá também a coesãocoerência textual.
  • Não faça períodos longos demais, mas não exagere nos pontos, de maneira que o seu texto se torne uma ladainha. É necessário o devido equilíbrio. Estude o uso adequado do ponto final.
  • Evite os sinais de pontuação cujo uso você não domina. A exclamação, as reticências, as aspas, o ponto e vírgula e os dois pontos são sinais que podem ser evitados caso haja uma insegurança quanto ao uso. Contudo, o uso correto desses sinais pode enriquecer o texto e torná-lo mais compreensível, auxiliando não só a construção do texto como a compreensão do mesmo.
  • Caso haja algum diálogo, é ideal o uso dos sinais que o caracterizam: dois pontos e travessão.

Paragrafação

  • Marque o tamanho do parágrafo e siga esta marcação até o final do seu texto.
  • Não deixe espaços vazios nas laterais das linhas pois isso pode ser descontado.
  • Faça algumas linhas a mais do que foi pedido sempre, mas não se exceda e respeite os limites da folha de redação.
  • Comece parágrafos, frases e nomes próprios com letra maiúscula.
  • A sua redação deve ser limpa, com uma letra legível.
  • Evite rasuras, mas caso aconteça um erro gramatical, faça um risco sobre a(s) palavra(s) incorreta(s) e escreva novamente em seguida.
  • Só coloque título na sua redação se a proposta lhe exigir isso, caso contrário NUNCA esqueça de marcar a proposta que você escolheu.
  • Não é permitido carinhas, corações ou bolinhas em cima do i, o que você deve colocar é apenas um pingo. O mesmo vale para o ponto final.

Antes de escrever o texto

  • Leia atentamente a proposta, caso seja necessário leia mais de uma vez.
  • Faça uma lista dos tópicos com os seus conhecimentos a respeito do assunto.
  • Separe os tópicos entre a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
  • Use os tópicos para escrever o texto.
  • Leia o texto e retire ou acrescente o que for necessário.
  • Observe novamente a proposta para ter certeza de que não está fugindo ao tema.
  • Reescreva e releia o texto, fazendo uma breve correção.
  • Depois de corrigir os erros enxergados por você, passe a redação a limpo e não modifique mais nada.
FONTE: WWW.INFOESCOLA.COM

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA PROCESSO SELETIVO PARA CURSOS TÉCNICOS

IFSP abre processo seletivo para cursos técnicos

28/10/2014 - 13h34 - Por Thaís Ferrraz
IFSP



O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) está com inscrições abertas para o processo seletivo de nível técnico com ingresso em 2015. Os candidatos interessados em ocupar as vagas oferecidas pela instituição deverão se inscrever online, nesta página, até o dia 19 de novembro.
Para participar do processo, os candidatos deverão cumprir os seguintes pré-requisitos:
  • Ingresso nos cursos técnicos integrados: é necessário ter concluído o Ensino Fundamental;
  • Ingressos nos cursos técnicos concomitantes dos demais campus do IFSP: ter concluído a primeira série do Ensino Médio e estar matriculado na segunda ou na terceira série do Ensino Médio;
  • Ingresso nos cursos técnicos subsequentes presenciais: ter concluído o Ensino Médio;
  • Ingresso nos cursos técnicos subsequentes a Distância (EaD): ter concluído o Ensino Médio e ter, no mínimo, 18 anos até a data de efetivação da matrícula.
As provas serão aplicadas no dia 14 de dezembro. A lista de classificação geral dos candidatos, a lista de 1a chamada e o resultado dos recursos impetrados contra o Resultado Provisório das Provas Objetivas serão divulgados no dia 21 de janeiro.
Mais informações no manual do candidato .

FONTE: WWW.INFOESCOLA.COM

SISTEMA DE AVALIAÇÃO Saresp permite monitorar avanços da educação básica no Estado

Saresp permite monitorar avanços da educação básica no Estado

O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) é aplicado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo com a finalidade de produzir um diagnóstico da situação da escolaridade básica paulista, visando orientar os gestores do ensino no monitoramento das políticas voltadas para a melhoria da qualidade educacional.
No Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), os alunos do 2º, 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio têm seus conhecimentos avaliados por meio de provas com questões de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e redação. Os resultados são utilizados para orientar as ações da Pasta e também integram o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).
O Saresp é aberto à participação das redes municipais e escolas particulares por meio de adesão. Com a parceria, as provas a serem aplicadas nas unidades administradas pelos municípios também são custeadas pelo Governo do Estado, já as instituições privadas arcam com os custos.
1,3 milhãode alunos da rede estadual participam da avaliação
Com adesão da rede municipal e privada, o número de alunos sobe para2,1 milhões
Estudantes do2º, 3º, 5º, 7º e 9ºanos do Ensino Fundamental são avaliados
No Ensino Médio, fazem a prova alunos da3ª série
atualizado em outubro de 2014
FONTE SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Secretário da Educação convoca alunos e professores para o Saresp 2014

Categoria
Avaliação que fará diagnóstico da educação básica no Estado de São Paulo será aplicada em novembro
Secretário reforça importância do Saresp para professores e alunos
Entre os dias 11 e 12 de novembro, mais de 1,3 milhões de alunos do 2º, 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio da rede estadual farão as provas da Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo 2014 (Saresp).

Nesta edição, serão avaliados os conhecimentos em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências da Natureza (Ciências, Biologia, Física e Química) além de redação. Os resultados são utilizados para orientar as ações da Secretaria da Educação e também integram o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).
“O Saresp é uma ferramenta pedagógica importante para que a Secretaria da Educação possa entender a eficiência dos projetos pedagógicos em andamento e, a partir disso, detectar as deficiências de aprendizagem dos estudantes para buscar soluções que melhorem a qualidade do aprendizado”, afirma o Secretário da Educação, Herman Voorwald.
O que é o Saresp?
O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo é aplicado, desde 1996, com a finalidade de produzir um diagnóstico da escolaridade básica paulista. Neste ano, mais 800 mil estudantes das redes particulares, SESI e Centro Paula Souza também participam da prova, totalizando 2,1 milhões de inscritos.
No ano passado, o Saresp foi ampliado também para os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental, graças à nova meta de alfabetização aos 7 anos, um ano a menos que o estipulado pelo Brasil, que define a idade certa a partir dos 8 anos.
“É importante que os estudantes entendam que esta avaliação servirá para que a Secretaria analise todas as ações que acontecem nas escolas e que envolvem o relacionamento do aluno. A partir desse entendimento, a Secretária verá se é necessário criar outros programas de aprendizado”, revela o Secretário.

INSCRIÇÃO PARA LECIONAR NAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL - DIRETORIA DE ENSINO LESTE 2

PROGRAMA ENSINO INTEGRAL
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
EDITAL DE CREDENCIAMENTO - 2015

O Dirigente Regional de Ensino da Região Leste 2 comunica a abertura das inscrições para atuação em Regime de Dedicação Plena e Integral - RDPI das escolas estaduais do Programa Ensino Integral jurisdicionadas à Diretoria de Ensino - Região Leste 2. 

Esse credenciamento tem o objetivo de preencher as vagas potencialmente existentes e composição de cadastro reserva para o ano letivo de 2015, tendo em vista o disposto na Lei Complementar 1.164, de 04/01/2012, alterada pela Lei Complementar 1.191, de 28/12/2012, bem como o Decreto 59.354, de 15/07/2013 e a Resolução SE 58, de 17/10/2014. 

1)REGIME DE DEDICAÇÃO PLENA E INTEGRAL (RDPI): no Programa Ensino Integral os educadores atuam em regime de dedicação exclusiva à escola por 40 horas semanais, cumpridas na unidade escolar em sua totalidade. Durante o horário de funcionamento do Programa, o educador está impedido de exercer qualquer outra atividade remunerada, pública ou privada.
Pelas atribuições adicionais pertinentes às especificidades do Programa os educadores em Regime de Dedicação Plena e Integral recebem 75% de gratificação sobre o salário-base (Gratificação de Dedicação Plena e Integral - GDPI). 
Essas atribuições envolvem as disciplinas da parte diversificada, as ações de planejamento estratégico, numa gestão voltada a resultados, a tutoria aos alunos para apoio a seu Projeto de Vida, e a substituição de ausências entre os pares. 

2)DOS CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE para atuação em Regime de Dedicação Plena e Integral

2.1.Situação funcional:
§Titular de cargo de Diretor;
§Titular de cargo de professor (PEB I, PEB II);
§Ocupante de função-atividade (OFA) amparado pelo disposto no § 2º do artigo 2º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, e nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
§Professor em situação de readaptação: pode atuar apenas em Sala/Ambiente de Leitura, desde que o rol de atividades previstos pelo CAAS seja compatível com as atribuições previstas para a função no Programa Ensino Integral.

2.2.Formação: Licenciatura plena

2.3.Experiência na rede pública estadual: no mínimo 3 anos de efetivo exercício.

2.4.Adesão voluntária ao Regime de Dedicação Plena e Integral

3)DOS REQUISITOS PARA A FUNÇÃO GESTORA: o docente, observada a ELEGIBILIDADE, poderá se inscrever no Programa Ensino Integral para exercer funções gestoras, desde que comprove:

3.1.Diretor de Escola: ser titular de cargo efetivo, portador de diploma, devidamente registrado, de licenciatura plena em Pedagogia e/ou diploma de Mestrado ou de Doutorado, na área de Educação/Gestão Escolar, e possuir 8 (oito) anos de experiência no magistério;
3.2.Vice-Diretor de Escola: ser portador de diploma, devidamente registrado, de licenciatura plena em Pedagogia e/ou diploma de Mestrado ou de Doutorado, na área de Educação/Gestão Escolar, e possuir 5 (cinco) anos de experiência no magistério;

4)ETAPAS DO PROCESSO DE CREDENCIAMENTO 

4.1.Inscrição: etapa em que o candidato se inscreve no programa, fornece informações sobre experiência e formação, bem como responde a uma pré-avaliação baseada em questões sobre o Programa Ensino Integral.
A condição de elegibilidade será consultada no momento da inscrição e o candidato ficará impedido de continuar caso não atenda os critérios, conforme informações contidas no cadastro funcional.
§Período: 27/10/2014 a 02/11/2014
§Local: Secretaria Escolar Digital (https://sed.educacao.sp.gov.br) | Sistema de Credenciamento do Programa Ensino Integral

4.2.Entrevistas: etapa presencial em que será avaliado o perfil do profissional para atuação no modelo pedagógico das Escolas Estaduais do Programa Ensino Integral, mediante avaliação por competência.
§Período: 05/11/2014 a 20/11/2014 
O agendamento será realizado pela Diretoria de Ensino via telefone e/ou e-mail do candidato, conforme registros em cadastro funcional, e irá considerar a pré-classificação dos profissionais mediante respostas aos questionários da pré-avaliação durante a inscrição. 
A Diretoria de Ensino poderá interromper o chamamento para as entrevistas caso tenha completado o número mínimo de candidatos avaliados, conforme define Resolução SE 58/2014.

4.3.Classificação dos candidatos: o processo seletivo de credenciamento será classificatório e deverá considerar:
I - o comprometimento do profissional com a respectiva atuação no magistério da rede estadual de ensino, avaliado mediante análise de seu histórico de assiduidade, relativo aos 3 (três) últimos anos letivos; 
II - o perfil do profissional de acordo com as competências esperadas para atuação em Regime de Dedicação Plena e Integral:
üProtagonismo: promove o protagonismo juvenil, ajudando a formar pessoas autônomas, solidárias e competentes e sendo protagonista em sua própria atuação.
üDomínio do conhecimento e contextualização: possui domínio de sua área de conhecimento, sendo capaz de comunicá-la e contextualizá-la, relacionando-a com a realidade do aluno, à prática, às disciplinas da Base Nacional Comum, à parte diversificada, às atividades complementares e aos Projetos de Vida.
üDisposição ao autodesenvolvimento contínuo: busca continuamente aprender e se desenvolver como pessoa e profissional, apresentando predisposição para reavaliar suas práticas, tecnologias, ferramentas e formas de pensar. 
üRelacionamento e corresponsabilidade: desenvolve relacionamentos positivos com alunos, professores, funcionários, direção, pais e responsáveis e atua de forma corresponsável tendo em vista o desenvolvimento dos alunos e profissionais da escola.
üSolução e criatividade: tem visão crítica e foca em solucionar os problemas que identifica, criando caminhos alternativos sempre que necessário. 

§Prazo: 24/11/2014 

4.4.Alocação dos candidatos nas vagas: 
§  Prazo: 27/11/2014 
§  Local: Diretoria de Ensino - Região Leste 2
  End. Rua Mohamad Ibrahim Saleh, 979

5)PRIORIDADE NO PROCESSO DE CREDENCIAMENTO: conferida aos servidores que se encontravam em efetivo exercício na unidade escolar no momento da adesão formal da escola ao Programa Ensino Integral em 2014, sendo válida somente para as vagas nas escolas que iniciam sua participação no Programa Ensino Integral em 2015.
§Os servidores da unidade escolar indicados com prioridade deverão participar de todas as fases do processo de credenciamento e serão classificados em faixa de classificação prevalecente à dos candidatos de outras unidades escolares para preenchimento das vagas da respectiva escola.

6)DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS que deverão ser apresentados pelo candidato no momento da entrevista:
§RG/CPF.
§Atestado de Frequência dos últimos três anos, considerado até 31/09/2014 (documento deverá ser solicitado na escola sede do cargo ou função).
§Documentos que comprovem as informações de titulação/formação fornecidas na etapa de inscrição. 
Caso não se comprove algum dado ou informação prestada no momento da inscrição, o candidato não será credenciado para atuar no Programa Ensino Integral.

CALENDÁRIO DE INSCRIÇÃO PARA AULAS 2015

Portaria CGRH 1, de 5/9/2014, publicada no D.O.E. de 6/9/2014, Seção I, página 113 ‐ republicada pela Portaria CGRH 1, de 01/10/2014, D.O.E. de 2/10/2014, Seção I, pág. 46
Dispõe sobre as inscrições para o processo de Atribuição de Classes e Aulas 2014 para o ano letivo de 2015.
Os professores da Rede Estadual de ensino e os contratados em 2014 deverão efetuar inscrição para o processo de atribuição de classes e aulas / 2015 diretamente no site: http://drhunet.edunet.sp.gov.br/portalnet/, a saber:

DocentesPeríodo de
inscrição/Acerto
ProcedimentosLocal/EndereçoObservação
I
Docentes Efetivos 
(Titular de Cargo)
das 10 horas do
dia 08/10/2014
às
18 horas do dia
30/10/2014
a) Confirmação e/ ou solicitação de acerto na
inscrição;
b) Indicação para Jornada de Trabalho Docente:
• manutenção
• ampliação
• redução*
c) Inscrição para atribuição de classes ou aulas
nos termos do artigo 22 da LC 444/85;
d) Opção para atuação em classes, turmas ou
aulas de Projetos da Pasta.
No endereço
eletrônico: http://
drhunet.edunet.sp.go
v.br/portalnet
*Exceto para Jornada Reduzida
de Trabalho Docente, nos
termos do artigo 4º da LC
1.207/13 (redução ficará
condicionada ao artigo 16, § 5º,
da Resolução SE 75/13).
II
Docentes das Categorias:
“P” – Estáveis pela CF/88
“N” – Celetistas
“F” – Docentes assegurados
pelo § 2º, do artigo 2º, da LC
1.010/2007
das 10 horas do
dia 08/10/2014
às
18 horas do dia
30/10/2014
a) Confirmação e/ ou solicitação de acerto na
inscrição;
c) Indicação de carga horária máxima pretendida;
d) Transferência de Diretoria de Ensino.
Idem
III
Docentes Contratados em
2014, nos termos da
LC 1.093/2009 –
Categoria “O”
das 10 horas do
dia 08/10/2014
às
18 horas do dia
30/10/2014
a) Confirmação e/ ou solicitação de acerto na
inscrição;
b) Indicação de carga horária máxima pretendida;
No endereço
eletrônico: http://
drhunet.edunet.sp.go
v.br/portalnet/
IV
Docentes remanescentes do
Concurso Público
PEB II/2013
Participarão do processo de atribuição de
classes/aulas, observada a classificação obtida no
Concurso na 1ª e 2ª opção
Estão desobrigados de realizar a
inscrição
Para todos os docentesdas 10 horas do
dia 08/10/2014
às
18 horas do dia
30/10/2014
Acertos de Inscrição como:
• Dados pessoais
• Formação Curricular
• Contagem de Tempo
U.E.a) Deverão ser solicitados à
Unidade Escolar de classificação
b) deverão apresentar os
documentos comprobatórios
para o acerto solicitado na U.E.
que, se necessário, enviará para
a D.E.
Até às 18 horas
do dia
04/11/2014
Deferir / Indeferir a solicitação pendente de
acerto.
D.E./U.E.
Docente que solicitou acerto
até o dia 30/10/2014
Até o dia
06/11/2014
Deverá confirmar sua inscrição, após o
deferimento ou indeferimento de sua solicitação
Somente serão analisadas as
solicitações devidamente
fundamentadas.
a) Docentes Categoria “F” ‐ §
2º, do artigo 2º, da LC
1.010/2007
b) Docentes efetivos
Cronograma D.E.Poderão optar em se inscrever para modalidade /
Projetos da Pasta, em funcionalidade específica
do sistema
Caberá à Comissão de
Atribuição de Classes e Aulas
da D.E.
Cronograma D.E.
A partir de
31/10/2014
a) Publicar o edital para a inscrição em projetos;
b) Divulgar o período em que os docentes
deverão apresentar, quando for o caso, a
proposta de trabalho para projetos;
c) Divulgar a classificação dos docentes
selecionados.
D.E.
Nota: As demais fases e os cronogramas de classificação e de Atribuição de Classes e Aulas para o ano letivo de 2015 serão estabelecidos em Portaria a ser publicada pela Secretaria da Educação, oportunamente.

sábado, 18 de outubro de 2014

ESCOLAS SUSTENTÁVEIS

Gestão
Gestão | Edição 205

Escolas sustentáveis


Certificados que garantem "selo verde" às escolas trazem vantagens como a atração de um novo perfil de pais interessados na questão e a redução de custos com água e energia, por exemplo


Juliana Duarte
 
Divulgação
Alunos cuidam do "ecotelhado" do Colégio Estadual Rich W. Heine, no Rio de Janeiro: vegetação ajuda a diminuir a absorção do calor

Cada brasileiro produz, em média, 1,2 quilo de lixo por dia. Uma escola com 300 estudantes é capaz de gerar, pelo menos, 180 quilos diários, o equivalente a 5,4 mil quilos por mês. E para onde vai esse lixo todo? Essa e outras preocupações relacionadas ao meio ambiente estão cada vez mais presentes no ambiente educacional, tanto na inciativa privada quanto na esfera pública. Construir prédios "verdes", realizar programas de coleta seletiva e instruir os jovens e as crianças são caminhos que amenizam o impacto causado por uma instituição. "Um edifício educacional é um multiplicador do conhecimento. Tornar esse espaço mais consciente é fundamental para disseminar a preservação dos recursos naturais", afirma a arquiteta Mirtes Luciani.
Nesse sentido, uma boa alternativa é se credenciar para receber selos que comprovem a eficácia dos programas adotados. A certificação ISO 14001, por exemplo, foi criada em 1996 e está presente em 84 países. A norma determina a criação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) capaz de identificar, priorizar e gerenciar riscos relacionados ao meio ambiente.
Estratégia de marketing
Adriane Cunha, diretora da Escola Materna (SP), cuja unidade de educação infantil tem o selo desde 2003, diz que a certificação também funciona como estratégia de marketing. "Na escolha de uma nova instituição esse é um item decisivo para os pais, ficando atrás somente do projeto pedagógico e da qualificação do corpo docente", afirma. E essa percepção tem sido confirmada pela prática. "Sem dúvida ganhamos visibilidade, o que ocasiona um aumento da procura", explica.
Para conquistar a certificação é preciso implantar uma série de requisitos, fornecidos pela norma. "É o conjunto de ações que determina se uma escola é realmente preocupada com o meio ambiente e não apenas o prédio ou o sistema de coleta seletiva. A ISO avalia a instituição como um todo, seus projetos e iniciativas", ressalta Adriane.
Em 2013, nove unidades educacionais do Grupo Positivo passaram por uma avaliação de performance ambiental, que durou 18 meses. A análise das práticas feitas nos prédios foi a primeira etapa, seguida pela execução de um plano de ação criado a partir desse mapeamento.
"Também fizemos investimentos em infraestrutura. Padronizamos as lixeiras de coleta seletiva, com destinação adequada dos resíduos e instalamos mais placas de sinalização de saídas de emergência, entre outros quesitos", afirma Eliziane Gorniak, diretora do Instituto Positivo.
Prédios verdes
Depois de adotar esses procedimentos, as unidades foram submetidas à auditoria externa e conquistaram a certificação. "Ao implantar o SGA, além de avaliar, gerir e reduzir os impactos ambientais de nossas ações, também formamos cidadãos comprometidos com o mundo em que vivem", acredita Celso Hartmann, diretor-geral do Colégio Positivo.
Obter a ISO, de acordo com Eliziane, é um processo complexo, demorado e oneroso, mas os resultados compensam. "Foi uma ação positiva para as escolas. Nos destacamos no cenário educacional", ressalta.
O Colégio Estadual Erich W. Heine, inaugurado em 2011 no Rio de Janeiro, foi a primeira escola da América Latina a conquistar o certificado LEED Schools, na categoria prata (leia mais sobre o prêmio no box). Construída pela empresa ThyssenKrupp CSA em parceria com o estado e o município do Rio, a escola oferece 600 vagas de ensino médio e técnico em administração com ênfase em logística e informática.
A certificação foi conquistada depois da adoção de 50 medidas que garantem melhor aproveitamento dos recursos naturais e maior eficiência energética. "Se visto de cima, o formato do prédio é um cata-vento, pensado dessa maneira para garantir iluminação natural e circulação de ar", diz o diretor Valnei Alexandre da Fonseca. Além disso, o projeto inclui sistema de reaproveitamento de água das chuvas, recurso usado na limpeza e na jardinagem, lâmpadas de LED, sensores de presença, telhado verde, que ajuda a garantir conforto térmico, e aquecimento solar para os chuveiros, entre outros elementos.
A estrutura física corresponde à maior parcela do impacto ambiental causado por uma escola. O mais frequente, entretanto, é que as instituições não cuidem desse aspecto. "O interesse das escolas existe, mas não se concretiza em ações. Atualmente há um paradoxo: as pessoas sabem que a questão da sustentabilidade é importante, mas não a tratam com o peso que ela exige", afirma o arquiteto José Tabith, especializado em construções sustentáveis para instituições de ensino superior.
Tabith explica que uma escola sustentável deve ser planejada a partir de três fases. A primeira é a elaboração de um programa de necessidades da instituição. A segunda é a definição de suas prioridades e objetivos. E por último, voltar a atenção para a obra em si. "Muitas vezes um prédio é sustentável, mas a construção ocasiona um desperdício grande de recursos", diz.
Queda nos custos
A arquiteta Maria Carolina Fujihara, coordenadora técnica do Green Building Council (GBC) Brasil, calcula que, ao incluir soluções verdes em um edifício escolar, o custo da obra cresce de 1% a 7%. O percentual vale para prédios novos e também para reformas. "Nos reparos de fim de ano, as escolas poderiam pensar em mudanças que possibilitem um ambiente mais verde. Os gastos não são altos e o retorno é certo", defende.
Dependendo do tamanho da escola, o investimento pode ser recuperado em até dois anos, calcula Maria Carolina. "Além de minimizar o impacto ambiental, as contas de água e energia são reduzidas."
Karla Cunha, especialista em arquitetura sustentável, diz que a escola pode começar esse processo com alterações simples, como a substituição de lâmpadas convencionais por modelos de LED, que proporcionam uma economia de energia de até 70%, e a instalação de torneiras e chuveiros com reguladores de vazão. "Muitas pessoas ainda acham que é preciso colocar a escola abaixo para torná-la mais verde. Não é. Aos poucos é possível transformá-la", afirma.
Certificações renomadas
Enquanto a ISO certifica a escola de acordo com as suas práticas ambientais como um todo, outros selos dão maior ênfase à questão da infraestrutura. Dois dos mais famosos são o Aqua, concedido pela Fundação Vanzolini, e o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), do Green Building Certification Institute (GBCI). Este último criou uma categoria destinada especialmente a escolas: o LEED Schools. O objetivo é incentivar ambientes educacionais mais saudáveis e confortáveis, que possibilitem melhor desempenho dos alunos e do corpo docente. O selo pode ser concedido a construções novas e também a reformas. "Se mais de 60% da estrutura sofrer alterações estruturais, a obra é avaliada como uma nova construção", afirma a arquiteta Maria Carolina.
Para obter o título, as unidades devem atender requisitos determinados pelo GBCI, processo acompanhado e direcionado pelo GBC Brasil. Basta entrar em contato com o órgão brasileiro, que disponibiliza uma equipe de arquitetos responsável por guiar os procedimentos. "Nossa meta é fazer do edifício uma ferramenta de ensino e disseminar a importância da preservação ambiental em toda a comunidade", explica a arquiteta. Ao especificar um sistema de reúso de água das chuvas, por exemplo, o responsável pelo projeto é orientado a deixar uma parte da estrutura aparente, assim os estudantes podem verificar como é o funcionamento da tecnologia.


FONTE REVISTA EDUCAÇÃO.

O papel do coordenador pedagógico



Função é estratégica para mediação entre as diversas instâncias educacionais


Laurinda Ramalho de Almeida e Vera Maria Nigro de Souza Placco
 
Crianças em roda de leitura em escola de Belém, no PA: coordenador pedagógico deve oferecer condições ao professor para que se aprofunde em sua área
Cada escola tem características pedagógico-sociais irredutíveis quando se trata de buscar soluções para os problemas que vive. A realidade de cada escola - não buscada por meio de inúteis e pretensiosas tentativas de "diagnóstico" - mas como é sentida e vivenciada por alunos, pais e professores, é o único ponto de partida para um real e adequado esforço de melhoria.

José Mário Pires Azanha. Documento preliminar para reorientação das atividades da Secretaria. Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, 1983.
Retomamos esta afirmação de Azanha, que foi exaustivamente discutida pelos educadores da rede estadual paulista, na década de 80, porque ela nos lembra que não se pode falar da escola, mas sim de cada escola em particular.
Como pensar em tempos-espaços iguais para o desenvolvimento de propostas curriculares, se as escolas não são iguais? Como fazê-lo, se não dá mais para pensar em escolas urbanas e rurais, pois já temos urbanas centrais e de periferia, rurais de campo e ribeirinhas, bem como variadas combinações de cada um desses tipos?
Se o instituído pelo currículo tem uma base legal - e precisa tê-la, para garantir a Educação Básica para todos, num Estado que se quer democrático, como atentar para essas tantas diferenças não só regionais, mas dentro de cada região?
Parece-nos, então, mais apropriado pensar os atores da escola singular - gestores, professores, auxiliares de apoio e alunos -, em suas relações com as questões curriculares, sem perder de vista que estas são relações de indivíduos portadores de subjetividades com um instituído que lhes é apresentado, via de regra, como objeto a ser manipulado, que a alguns agrada, a outros desagrada. Nessas relações pedagógicas intersubjetivas direção-professor, professor-professor, professor-aluno, aluno-aluno, e destes com o saber instituído pelos currículos que lhes são apresentados, aparecem os conflitos, as contradições, as perdas de referência dos elementos estruturantes de seu modus vivendi. É certo que aparecem também as aderências ao proposto e as tentativas de fazê-lo o melhor possível.
Para melhor entender essas relações, escolhemos, neste texto, o coordenador pedagógico (ou professor-coordenador ou coordenador pedagógico-educacional ou outro termo que designe esse profissional) como ator privilegiado para nossa discussão.

A escolha se deve ao fato de entendermos que ele tem, na escola, uma função articuladora, formadora e transformadora.
Portanto, é o elemento mediador entre currículo e professores. Assim, esse profissional será, em nosso modo de ver, aquele que poderá auxiliar o professor a fazer as devidas articulações curriculares, considerando suas áreas específicas de conhecimento, os alunos com quem trabalha, a realidade sociocultural em que a escola se situa e os demais aspectos das relações pedagógicas e interpessoais que se desenvolvem na sala de aula e na escola.
Esclarecemos, inicialmente, que não aceitamos o coordenador pedagógico como "tomador de conta dos professores", nem como "testa-de- ferro" das autoridades de diferentes órgãos do sistema.
Ele tem uma função mediadora, no sentido de revelar/desvelar os significados das propostas curriculares, para que os professores elaborem seus próprios sentidos, deixando de conjugar o verbo cumprir obrigações curriculares e passando a conjugar os verbos aceitar, trabalhar, operacionalizar determinadas propostas, porque estas estão de acordo com suas crenças e compromissos sobre a escola e o aluno - e rejeitar as que lhes parecem inadequadas como proposta de trabalho para aqueles alunos, aquela escola, aquele momento histórico.
O que competiria, então, ao coordenador pedagógico?
- Como articulador, seu papel principal é oferecer condições para que os professores trabalhem coletivamente as propostas curriculares, em função de sua realidade, o que não é fácil, mas possível;
- Como formador, compete-lhe oferecer condições ao professor para que se aprofunde em sua área específica e trabalhe bem com ela;
- Como transformador, cabe-lhe o compromisso com o questionamento, ou seja, ajudar o professor a ser reflexivo e crítico em sua prática.
Como articulador, para instaurar na escola o significado do trabalho coletivo, é fundamental que o coordenador pedagógico possibilite ações de parceria, de modo que, "movidas por necessidades semelhantes, (as pessoas) se implicam no desenvolvimento de ações para atingir objetivos e metas comuns", de modo a pôr em movimento as metas curriculares propostas, conforme descrito em nosso livro Aprendizagem do adulto professor (Edições Loyola, 2006).
O coordenador pedagógico será, então, aquele que, conhecendo essas propostas, tendo participado de sua elaboração/adaptação às necessidades e objetivos daquela escola, possibilita que "novos significados sejam atribuídos à prática educativa da escola e à prática pedagógica dos professores", ( O coordenador pedagógico e os desafios da educação , Edições Loyola, 2008).

Outro aspecto importante dessa articulação é a possibilidade de interdisciplinaridade, a fim de que o compromisso com a formação do aluno se traduza na não-fragmentação, na conciliação e confrontação de propostas e ações curriculares.

Visto como formador, dois aspectos devem ser destacados na função do coordenador pedagógico:
a) seu compromisso com a formação tem de representar o projeto escolar-institucional e tem de atender aos objetivos curriculares da escola;

b) o compromisso com o desenvolvimento dos professores tem de levar em conta suas relações interpessoais com os demais atores da escola, alunos, pais, comunidade, sendo estas relações entendidas em sua diversidade e multiplicidade, aceitas como se apresentam, aproveitadas como recurso para o processo formativo, como explicado em O coordenador pedagógico e questões da contemporaneidade.
Finalmente, como transformador, espera-se sua participação no coletivo da escola como aquele que permite e estimula a pergunta, a dúvida, a criatividade, a inovação. Só assim a escola se instituirá não apenas como espaço de concretização do currículo, mas também como espaço de mudanças curriculares necessárias e desejadas pelos professores, para cumprir seus objetivos educacionais.
Laurinda Ramalho de Almeida e Vera Maria Nigro de Souza Placco são professoras do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, da Faculdade de Educação da PUC-SP.

FONTE: REVISTA EDUCAÇÃO.

Programa do MEC que busca graduar professor sem diploma tem evasão de 52%


Por Davi Lira - iG São Paulo 

Ao custo de R$ 530 milhões, Parfor não vai atingir meta de formar 330 mil docentes; no País, 25% ainda não tem diploma

Divulgação/UFT
Laboratório de informática usado pelos docentes do Parfor na Federal do Tocantins
Criado com o objetivo de graduar em licenciatura o docente da ativa que dá aula, mas não tem formação em nível superior, o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) não tem conseguido alcançar as metas traçadas pelo governo federal. O índice de vagas ociosas ofertadas na modalidade presencial chega a 50% e a evasão dos professores matriculados no curso oferecido à distância é de 52%.
Implantado pelo Governo Federal em 2009, o Parfor tinha como meta diplomar 330 mil docentes em todo o País até o final deste ano. O objetivo, contudo, não será cumprido segundo fontes oficiais consultadas pelo iG. A posição global de professores diplomados pelo programa, no entanto, não foi fornecida à reportagem pelo Ministério da Educação (MEC), nem pela Fundação Capes – autarquia da pasta responsável pelo Parfor. Hoje, mais de 70 mil docentes frequentam o curso.
A pouca tradição da Capes na condução de políticas envolvendo a educação básica é apontada por especialistas como uma das possíveis causas para o quadro atual do Parfor. Segundo documento ao qual iG teve acesso, a própria Capes chegou a informar ao Tribunal de Contas da União (TCU) que possui uma "cultura organizacional ainda refratária ao trabalho com a educação básica e o ensino a distância".
No documento, emitido no dia 31 de março de 2014, a fundação ainda coloca como uma das suas fragilidades a serem superadas a "ausência de governabilidade pela Capes na política de formação de professores". No relatório – referendado pela alta cúpula –, o órgão também afirma que há "sobreposição e/ou falta de clareza das atribuições em educação entre a Capes e determinadas áreas do MEC."
Prevista como uma das ações focadas na melhoria da educação pública do País, a formação em nível superior de todos os professores de nível básico é uma das propostas colocadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Atualmente, segundo dados fornecidos pela ONG Todos pela Educação a pedido da reportagem, 25% dos professores da educação básica do Brasil não têm curso superior. No ensino médio – gargalo do País –, 51,7% dos docentes não têm formação na disciplina que lecionam. O Parfor também é direcionado a professores que atuam em uma área diferente de sua formação, além de profissionais já formados mas que não têm título de licenciatura.
Tendo como os principais beneficiários os professores das redes municipais, o programa já consumiu, entre 2009 e 2013, cerca de R$ 530 milhões de recursos públicos, segundo dados da própria Capes, presentes em relatório divulgado em 18 de setembro deste ano.
Evasão
Enquanto a oferta na modalidade presencial tem tido atração abaixo do esperado junto ao público-alvo do programa, a modalidade a distância é ainda mais preocupante. Segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, dos cerca de 18.310 professores que se matricularam no Parfor à distância até novembro do ano passado, 9.610 (52%) resolveram desistir do curso. O índice é semelhante à posição de 2012, quando 51% dos 17.611 matriculados evadiram.
Divulgação/UniBH
Para Claudio de Moura Castro, ex-diretor da Capes, evasão no Parfor a distância é alta
"São índices bem altos para um programa que é focado no professores, que já têm uma disciplina maior para os estudos", avalia o especialista em educação Claudio de Moura Castro, ex-diretor da Capes.
De acordo com Stavros Xanthopoyloso, diretor executivo do FGV Online – referência no Brasil – a evasão é alta para um curso "direcionado". "Nos nossos cursos de pós-graduação a distância, a evasão fica em torno de 11%", diz.
Razões
A baixa atratividade da carreira docente, a desarticulação dos entes federados (União, Estados e Municípios) e dificuldades no início do programa com a inscrição na Plataforma Freire – ambiente virtual de cadastramento – estão entre algumas das causas que também podem justificar o alto número de evasão e a baixa procura, segundo apurou a reportagem. 
"O professor já está assoberbado de carga horária. No entanto, sabemos da dificuldade das secretarias de educação em reduzirem a carga horária dos docentes, para que eles possam se dedicar ao curso. É complicada a vida do professor", diz Henrique Pequeno, coordenador-adjunto da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na Universidade Federal do Ceará. É a UAB que disponibiliza o curso a distância.
Para buscar resolver esse impasse, especialistas sugerem um maior entendimento entre governo federal e os estados e municípios, para que a liberação dos professores ocorra de forma mais efetiva.
Ainda segundo Pequeno, a estrutura dos polos dos cursos também deve ser melhorada. "A estrutura de internet deve ser melhor e os laboratórios precisam ser mais bem equipados. Mesmo tendo bons polos, sabemos que há muito o que fazer em outros espaços espalhado por todo o País", diz o representante da UFC, defensor do programa.
Reprodução/TV Univesp
Ocimar Alavarse da USP diz que 'é preciso mais atenção na organização dos cursos'
O "choque" dos alunos-professores que voltam para a "escola" depois de anos afastados de cursos do gênero é outro fator que tende a impactar os índices de evasão. "Você está formando alguém que já trabalha. Isso exige mais atenção para a organização dos cursos. É preciso ter um acompanhamento mais de perto", pontua Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Há críticas de que parte do conteúdo e abordagem de cursos de formação de professores, como o Parfor, não reflitam a realidade vivida na sala de aula dos docentes participantes, o que faria com que os docentes não enxergassem uma função prática que poderia ser aplicada em suas atividades pedagógicas.
Já a posição do presidente do Instituto Alfa e Beto (IAB), João Batista Oliveira, chega a ser mais crítica. Segundo ele, o Parfor “é mais um puxadinho". "O fato é que não temos um modelo de formação de professores que leve os docentes a saírem dos cursos sabendo o quê, e como vão ensinar. Com ou sem diploma, os professores não estão dominando os conteúdos. Precisamos mudar os critérios de formação e recrutamento dos docentes", defende Oliveira.
EBC
MEC e Capes optaram por não se posicionarem diante dos dados do texto
Outro lado
Procurado pela reportagem, o MEC optou por não se posicionar sobre os pontos levantados pelo texto. Todas as questões foram apresentadas à pasta, mas o ministério informou que não vai se manifestar sobre o caso.
A respeito da meta de formar 330 mil docentes até 2014, o Serviço de Informação ao Cidadão da Capes – que forneceu os dados de evasão – disse apenas que "ao longo do processo de implementação do Parfor, essa meta vem sendo revisada ano a ano para adequar-se às necessidades das redes estaduais e municipais de educação".