A Associação Brasileira de Linguística, em nota oficial no dia 20/05, defendeu o livro didático de Português distribuído pelo MEC, entitulado de "Por uma vida melhor", também defendo o uso da obra, mas devemos ter alguns cuidados.
O livro levantou muita polêmica nos últimos dias, pis em um dos seus capítulos defende o uso de uma variedade linguística popular, segundo a obra podemos dizer: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado"
Segundo a Abralin (Associação Brasileira de Linguística) não há a defesa de que a norma culta não deva ser ensinada, ao contrário, a obra tem como objetivo debater o uso da variação linguística, para que se possa ressaltar a importância da norma culta no mundo letrado.
Segundo o MEC, a obra segue os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que são normas que escolas e livros didáticos devem seguir em todo o país.
No livro há um capítulo sobre as diferenças entre escrever e falar, é neste capítulo que está a tão criticada citação, acredito que caiba a nós educadores mostrarmos aos alunos que há variedades linguísticas e que algumas são mais prestigiadas pela sociedade que outras, e que justamente esta frase não deve ser tomada como certa, pois a sociedade não a aceita como tal. Eu trabalharia neste sentido com meus alunos, sempre afirmo que a língua é como uma roupa, ela deve se adequar a ocasião, a roupa que uso para ir pra escola não é a mesma que deve ser usada em um casamento, da mesma maneira é a linguagem, a forma que falo com meus amigos não deve ser a mesma forma que falo com meu diretor. Assim como a roupa, a língua deve se adaptar a ocasião, portanto o ensino das variantes linguísticas deve ser valorizado, não podemos desprestigiar nenhuma variação, mas devemos ensinar qual é a norma culta, qualé a variação linguística de maior prestígio.
Não acho que seja o caso de recolher os livros, ou de martirizar o MEC por esta escolha, depende apenas de como o educador fará uso desta obra.
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