Com IMC de 43, docente que já atua na rede municipal foi considerada obesa mórbida pela perícia do Estado de SP
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A professora Mariana Cristina Justilin, de 27 anos, é uma das aprovadas no concurso público que selecionou 59 mil docentes para a rede estadual de São Paulo. Mas não vai poder assumir por ter sido diagnosticada como obesa mórbida pelos peritos.
Professora de inglês e português, ela já leciona para alunos da educação infantil e médio em três escolas municipais da cidade de Bariri, no interior do Estado, e soube que não poderia assumir ao ver o "não apta" na publicação do Diário Oficial.
Mariana foi reprovada com base no Índice de Massa Corporal (IMC) - medida internacional que relaciona peso e altura do indivíduo. Com índice de 43, ela foi classificada como obesa nível 3. O valor esperado de IMC é entre 18,5 e 25. No edital, porém, não constava que esse critério seria adotado.
O caso ganhou destaque após a professora postar uma nota em sua rede social. "Gastei quase mil reais com os exames exigidos para corroborar que minha saúde é perfeita. No entanto, se gozo de boa saúde, por que fui barrada pela perícia? Se não desfruto de uma boa saúde , por que o Estado me aceitou para ser professora substituta?", escreveu a docente. "Em épocas de luta contra o bullying, o próprio governo, com critérios fúteis e leis obsoletas, exerce sobre cidadãos uma espécie de discriminação e coerção muito mais agressivas das praticadas pela sociedade", completou.
O departamento de perícias médicas do Estado de São Paulo disse, em nota, que o índice de massa corpórea acima de 40 é considerado obesidade mórbida, uma doença grave e que coloca a docente em desacordo com a determinação do edital, que prevê que o candidato "goze de boa saúde".
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