quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SC: aluna que criou página de escola é acusada de calúnia e difamação

 

Isadora criou página para que problemas da escola fossem resolvidos. Foto: Reprodução
Isadora criou página para que problemas da escola fossem resolvidos
Foto: Reprodução
FABRÍCIO ESCANDIUZZI
Direto de Florianópolis
A estudante Isadora Faber, 13 anos, que virou notícia em todo o Brasil após criar uma página no Facebook para mostrar os problemas de sua escola, precisou prestar depoimento juntamente com seus pais em uma delegacia de Florianópolis, Santa Catarina, no final da tarde desta terça-feira.

A adolescente foi acusada de calúnia e difamação por uma professora da escola Maria Tomázia Coelho, localizada no bairro do Santinho. Ela recebeu a intimação e seus pais também estiveram prestando depoimento na 8ª Delegacia de Polícia de Ingleses, na região norte da cidade.
De acordo com Isadora, teria sido a "primeira vez" que seu pai entrou em uma delegacia. Na página do Diário de Classe, ela escreveu que a professora de português teria realizado um boletim de ocorrência. "Estranhei, pois para mim o assunto já estava encerrado desde o início do mês quando ela (a professora) me pediu desculpas, eu aceitei e publiquei, está aqui até agora. Como vocês podem ver, não é fácil manter o Diário no ar", escreveu Faber.
A estudante ainda revelou que na última aula de Português, a professora teria obrigado os alunos a lerem o regimento interno da escola, em itens que apontariam "condutas vedadas" aos estudantes e as medidas "socioeducativas" que seriam aplicadas em caso de desrespeito. "Me parece censura", escreveu ela na página, que já conta com mais de 28 mil seguidores.
Tanto o regimento interno quanto a intimação policial foram postados na página da adolescente. O caso gerou muita repercussão nesta quarta-feira nas redes sociais.
Mesmo com as reformas iniciadas na escola, a jovem vem apontando problemas existentes, como os bancos quebrados no refeitório e questões estruturais. "Não basta o teto escorado, o chão tá cedendo", escreveu. "Viva a Copa do mundo! Faltam professores (sic)... Olímpiadas 2016: até lá essa escola não existe mais".
Terra

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